domingo, 24 de janeiro de 2010

Estação Carandiru


Como será o dia-a-dia numa penitenciária?
De forma clara e objetiva, o oncologista Drauzio Varella nos conta o que viu e ouviu nos anos de trabalho voluntário no Carandiru.
Fala da superlotação nos "barracos", a epidemia de AIDS e tuberculose, o vício nos injetáveis, substituídos depois pelo crack, que assolava a cadeia.
Comenta o respeito que ele encontrou lá dentro entre os presos, a hierarquia e as leis no mundo do crime. Encontrou companheirismo e até amor em meio a esses homens, considerados a escória da humanidade.
Algumas histórias muito bacanas, outras nem tanto. O ódio por estupradores e justiceiros. As mulheres de cadeia, os faxinas. Um mundo totalmente diferente do que conhecemos aqui, fora das grades.
Fala sobre o massacre de 1992, episódio muito triste.
Enfim, a rotina de um presídio, narrada sem falsos moralismos e sem hipocrisia.

Perfeito. 10/10


Estação Carandiru
Drauzio Varella
Ed. Cia das Letras
297pág. 2007.

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